Em suas Crônicas de Gelo e Fogo, o autor
norte-americano George R. R. Martin concebeu A Patrulha da Noite, no original Night's Watch, como uma
Ordem militar responsável pela segurança dos Sete Reinos de Westeros.
Em muitos momentos
durante a leitura dos livros da saga, a comparação com os Cavaleiros Templários
é quase inevitável. Afinal, assim como os integrantes da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (do
latim Ordo Pauperum Commilitonum Christi
Templique Salominici), os Patrulheiros da Noite são celibatários e não
possuem bens.
Ouso dizer que a
associação aos Templários só é amortecida quando, bem mais adiante, o leitor
trava conhecimento com as ordens monásticas militares dos Filhos do Guerreiro e dos Pobres
Irmãos que, por motivos óbvios, se parecem ainda mais com os Templários. Os
Filhos do Guerreiro são cavaleiros que renunciam toda riqueza e aos prazeres da
carne para juramentar suas espadas à Fé. Eles usavam mantos arco-íris e
armadura embutida de prata por cima de cilícios, e trazem cristais em forma de
estrela nos botões do punho das espadas. Por seu turno, Os Pobres Irmãos formam uma irmandade mendicante cujos membros
trazem consigo machados de guerra e passam o tempo a correr pelas estradas,
escoltando viajantes de septo em septo. O seu símbolo é a estrela de sete
pontas, vermelha sobre branco. O povo simples chama aqueles de Espadas e estes
de Estrelas.