Marcus
Tullius Cicero nasceu em
Arpino, por volta de 106 a.C. Passou à História como uma das mentes mais
atiladas da antiga Roma. Sua versatilidade fez com que seja ainda hoje
reconhecido como grande advogado, orador sublime, político, magistrado, filósofo,
linguista e tradutor.
Ana Teresa
Marques Gonçalves [1], que elaborou estudo da obra De Legibus de Cícero
[2] afirma a família do grande orador pertencia à ordem equestre, de maneira
que, para ascender à ordem senatorial, Cícero foi submetido a uma cuidadosa e criteriosa
educação. Sabe-se que Cícero foi Questor
na Sicília em 76 a. C. e Edil Curul em 70 a. C. No ápice de
sua carreira política, Cícero foi Cônsul da República, mas foi degredado em 58
a.C.
Júlio César
concedeu a anistia a Cícero que voltou a Roma. Sendo, inclusive, durante a Ditadura de César que ele produziu várias
de suas obras. Contudo, no período conturbado que se seguiu desde a morte de
César até a ascensão de Otávio Augusto
ao trono, o autor de De re publica foi morto a mando e a
soldo de Marco Antônio, que em um
gesto ao mesmo tempo bárbaro e simbólico mandou pregar as mãos que haviam
escrito às novas Filipicas [3], juntamente com a cabeça, na rostra no Fórum Romano, o habitat
natural de Cícero, local onde provavelmente proferiu as Catilinárias, as
célebres orações acusatórias contra Catilina que ainda hoje ecoam mundo a fora.