Os Nove da Fama são os nove príncipes
legendários que personificam os ideais da cavalaria, quiçá a
maior de todas as instituições humanas da Idade Média. No idioma de Denis Diderot, eles são chamados de Les
Neuf Preux, que em tradução livre (e não menos literal) poderia soar
como “os nove valentes”, termo que passa
uma ideia mais precisa do tipo de virtude moral que foi considerada para a
escolha daqueles soldados que passariam a ser sinônimo dos elevados ideais cavaleirescos.
Na Itália eles são conhecidos como Nove Prodi. Em inglês o termo
utilizado para designá-los é Nine Worthies.
Os
escolhidos compõem três grupos triádicos orientados pelas religiões que
professaram: três gentios (Heitor,
Alexandre e Júlio César); três judeus (Josué,
Davi e Judas Macabeu); e três cristãos (o Rei Arthur, Carlos Magno e Godofredo de Bouillon).
Esses
grandes cavaleiros representam todas as facetas do guerreiro perfeito. Com
exceção de Heitor e Arthur, todos são heróis conquistadores. Aqueles que não eram
príncipes vieram de famílias da aristocracia. No universo da cavalaria seus
predicados e suas virtudes são reconhecidas por sua atemporalidade e
universalidade. Todos trouxeram glória e honra para suas nações, e foram
conhecidos por sua habilidade pessoal nas armas. Individualmente, cada um exibia
alguma qualidade excepcional que os tornou o modelo de cavaleiro.